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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, protagonizaram um embate acalorado nesta quinta-feira (data), durante um encontro no Salão Oval da Casa Branca. A reunião, que tinha como objetivo a assinatura de um acordo de exploração mineral conjunta entre os dois países, acabou sem consenso e com troca de acusações.

Tensão no Salão Oval

A discussão começou quando Zelensky solicitou a Trump garantias de segurança para desestimular novos ataques russos no futuro. O ucraniano também propôs o envio de tropas de manutenção de paz europeias após um eventual cessar-fogo. Trump, por sua vez, rebateu dizendo que a Ucrânia deveria “ser grata” pelo apoio recebido dos EUA e alertou que Kiev estava “apostando com a Terceira Guerra Mundial”.

A tensão escalou quando Trump acusou Zelensky de romper acordos anteriores com governos norte-americanos e fez um ultimato: “Faça um acordo ou estamos fora”. Sem consenso, a coletiva de imprensa prevista foi cancelada e o encontro terminou abruptamente, com Zelensky deixando a Casa Branca sem o acompanhamento protocolar de Trump.

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Consequências e incertezas

A crise coloca em risco a colaboração entre os dois países. O acordo previa a exploração de minerais estratégicos ucranianos, como manganês, titânio, grafite e lítio, essenciais para indústrias tecnológicas e de energia limpa. Os EUA buscavam recuperar parte dos US$ 500 bilhões investidos na Ucrânia durante a guerra com a Rússia, mas as exigências de segurança de Kiev travaram as negociações.

Trump deixou claro que Zelensky “pode voltar quando estiver pronto para a paz”, aumentando o temor de que Washington reduza seu apoio militar e financeiro à Ucrânia e reforce sua posição isolacionista dentro da Otan.

A incerteza sobre o futuro das relações entre os dois países gera preocupação entre aliados europeus, que temem uma retaliação norte-americana em relação ao suporte à Ucrânia em meio ao conflito com a Rússia.